ARTISTA: Richard Riguetti/RJ
11sex19H
Sucesso nos palcos e nas sessões on-line, o espetáculo “Paulo Freire, o andarilho da utopia” retornou sua temporada virtual com sessões às quintas feiras. Cerca de duas mil pessoas participaram das apresentações pelo Zoom, que contam com um diferencial entre outros espetáculos na mesma plataforma: as câmeras devem ficar abertas e há total interação entre ator e espectadores. A partir do legado deixado pelo mestre, que mostrou aos brasileiros a importância da luta pela dignidade humana, Richard Riguetti (ator), Luiz Antônio Rocha (encenação) e Junio Santos (dramaturgia) encenam a inspiradora vida do educador em montagem indicada ao Prêmio Shell de 2019 na categoria Inovação.
A venda de ingressos está disponível pelo Sympla.
A peça acompanha a trajetória e os causos de um dos mais notáveis pensadores da história da educação mundial, misturando elementos das linguagens do teatro, do palhaço e do teatro de rua. A ideia é evidenciar na encenação a amorosidade de Paulo Freire e o profundo respeito ao diálogo e à aceitação das diferenças.
Além do espetáculo, a equipe promove uma “RODA DE CONVERSA” após a apresentação com o ator e o encenador da peça. Um bate papo informal sobre os links que os espectadores fazem da peça com o momento atual e o processo de criação e circulação do ato cenopoético.
“Com a pandemia, a arte precisou se reinventar para permanecer viva! E o teatro, considerado a arte da presença, tem buscado alternativas e novos caminhos. O teatro em casa é um grande desafio, mas muito importante para que haja encontros com qualidade de presença e escuta, mesmo no distanciamento físico”, declara o ator Richard Riguetti. O diretor Luiz Antônio Rocha acrescenta que a necessidade do confinamento nos faz lembrar de passagens da vida de Paulo Freire: “Assim como o mestre foi perseguido pela ditadura militar e forçado a ser exilar, todos nós estamos, de uma certa forma, exilados pela pandemia e afastados do convívio social. E lutando para que nosso ofício permaneça vivo e pulsante”.
Classificação etária: 12 anos
O andarilho é um sujeito em movimento. A Utopia é um movimento da alma. É um impulso de buscar, sabendo que existe sempre algo mais a ser descoberto. Descobrir, para Paulo, é exatamente isso: tirar a coberta, se surpreender com a beleza, a estranheza e o mistério das coisas. “Paulo Freire, o andarilho da Utopia”, aparece em nosso espetáculo como um menino, um astronauta, um professor, um brasileiro com sonhos e esperança. É no interior de Pernambuco, à sombra de uma mangueira, que nossa história começa. Um menino com um graveto na mão inicia o seu processo de leitura do mundo. É submetido à fome, tal qual grande parte da população brasileira. Na Infância da juventude, outra fome lhe ocupa o tempo: as palavras. E ele as devora como se fossem pedaços de comida. Foi essa a sua busca até a eternidade: as palavras. Através delas, e com elas, percorre territórios, tecendo uma pedagogia emancipadora e revoluciona a educação mundial — movido pelo desejo de liberdade de si e dos outros, de consciência política, de justiça e de superação dos obstáculos. Nosso Andarilho, independente da sua vontade, é afastado da Terra, enviado ao espaço, e amanhece na lua. Um lugar escondido do mundo e dos outros, onde se pode OBSERVAR, VER, ENTENDER e APRENDER. Distante do Brasil, reafirma seu amor por sua terra, pela sua gente. Com a toada do verso nordestino e a dialética da cultura popular, convidamos você pra viajar e voltar de novo a ser menino. É assim que reinventamos Paulo Freire em todos nós. Uma história que não tem fim, e por que será?
Dramaturgia: Junio Santos
Ator: Richard Riguetti
Encenação: Luiz Antônio Rocha
Cenário e Figurino: Eduardo Albini
Direção de Movimento: Michel Robin
Preparação de ator: Beth Zalcman
Preparadora corporal: Aline Bernardi
Direção de movimento: Michel Rubin
Projeto de Luz: Ricardo Lira Jr.
Assessoria pedagógica: Josy Dantas
Assessoria de Imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
Assistente de direção: Marcia Rosa
Preparadora vocal: Jane Celeste
Letras de músicas: Ray Lima e Junio Santos
Realização: Grupo Off-Sina e Espaço Cênico Produções Artísticas